segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

VIVER DE ARTE OU VIVER DA ARTE?


VIVER DE ARTE OU VIVER DA ARTE?

(Carta aos amigos artistas, especialmente aos que vivem DA música, DO teatro e DA dança)



Eu costumo definir as pessoas que têm envolvimento com as artes em três categorias: os que vivem “DE” arte (por amor à causa), os que vivem “DA” arte (pelo dinheiro que ela pode proporcionar) e os que entendem a necessidade do “DE” e do “DA” juntos, os que unem o útil ao agradável.

Minha explicação nada tem a ver com regência, apenas vou utilizar o exemplo a seguir para deixar clara a minha colocação:

1. Bolo DE chocolate – Quando alguém fala isso, você logo percebe que há chocolate em sua composição, em sua essência.
2. Bolo DO chocolate – Nesse caso, chocolate toma a forma de algo ou alguém que tem o bolo como propriedade. Chocolate seria o senhor, o patrão do bolo, aquele que dita as regras. O bolo poderia ser DO laranja, DO Baunilha, DO Morango… Chocolate não faria parte da essência do bolo.

Por que isso? É bem comum vermos músicos, atores, dançarinos… que têm em seu repertório linguístico a frase: “Eu vivo de teatro”; “Eu vivo de música”; “Eu vivo de dança”. Para a maioria desses artistas eu digo: “Não. Você não vive de arte”.

A arte, atualmente, é apenas vista como mais um emprego, como mais uma fonte de renda. Isso não é ruim, isso pode ser bom, mas infelizmente alguns artistas esqueceram que “fazer arte” vai além de tudo isso. Não é por que ele é detentor de alguma habilidade que faz arte. A arte tem por objetivo mexer com a consciência, despertar as percepções humanas que serão interpretadas de diferentes formas por diferentes pessoas. Há uma mistura na criação de percepções com emoções e as ideias.

Viver DE arte é ter a arte como algo seu, de sua essência, algo tão importante como o ar que se respira e que não há dissociação. É sentir-se bem criando, expondo, levando ao mundo suas propostas artísticas. É ter um, dois, três empregos, mas nunca abandonar as suas habilidades, nem que seja de forma indireta, porque sem isso, lembrando, não se vive.

Agora, viver DA arte, é ser uma sanguessuga de tudo que ela pode proporcionar. É ter o dinheiro acima da qualidade, acima da real intenção artística. É como ser refém, escravo dela, porque bem sabemos que nem a remuneração é tão boa assim para a maioria dos artistas. É não apoiar a sua própria causa, o seu próprio grupo, seus próprios ideais. É anular-se em prol do ideal alheio, porque alguém chamou para ganhar uns míseros reais a mais e o convite foi aceito.

Mas há algumas pessoas que conseguem lidar com as duas preposições. O que seria mais aceitável. Tem a arte como base fundamental de sua vida, bem como sabe a importância que as artes desempenham na cultura de sua região, no crescimento humano, na escola, nos lares… Só que entendem que precisam se sustentar e que podem extrair daí o alívio de suas contas. Mas nunca de uma forma selvagem ou bárbara. O mundo capitalista impõe isso, mas nós podemos dosar, tornar algo prazeroso como forma de nosso sustento.

Eu finalizo fazendo um apelo a todos que não respeitam a música, o teatro, a dança e as demais manifestações artísticas. Se querem viver DA arte, tentem pelo menos fazer isso de forma saudável, respeitando os limites, os amigos, compromissos, por que muitos acabam prejudicando seus pares pelo simples fato de querer desesperadamente mais e mais dinheiro. Fazer arte não é isso, porque o artista deixa de se preocupar com a estética, com a relação comunicativa que a arte pode proporcionar e prioriza o bem-estar do bolso apenas.

Tentemos fazer parte do terceiro grupo de artistas, aqueles que unem o útil ao agradável. Por isso eu reclassifico esse grupo como: VIVER COM ARTE. Sendo assim, pode-se ter qualidade, estar ao lado daquilo que faz feliz e pode suprir suas necessidades financeiras de forma honesta e louvável. Não seja mais um, seja alguém que faz a diferença no meio artístico. E fazer a diferença não é fazer apresentações de graça ou por preços abaixo da tabela, é trabalhar na sua produção artística de forma consciente e sensata de que fez um bom trabalho cobrando aquilo que se deve.

By Jabs Barros

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

MOMENTO... ESTRAGA FILME (À BEIRA DO ABISMO - 2012)


(Por Jabs Barros)




O filme é ótimo pra quem busca diversão e um bom momento de lazer. Cheio de mistérios onde os cadeados vão se abrindo ao longo da trama, mas sem pressa. O suficiente pra te deixar aguçado e tentar descobirir todo o suspense antes que tudo seja revelado. A linguagem é leve e interessante a todas as tribos. Os atores são bons, apesar que o filme não exige muita coisa deles, cenas bem habituais.


O ponto alto do filme, na minha opinião, é a crítica (batida), mas feita de forma irreverente aos meios de comunicação, mais precisamente à imprensa. Bem como ao comodismo humano e a banalização da vida humana que já foi mostrada em diversos filmes como "O Show de Truman", "Ao Vivo", e muitos outros.


As pessoas vibram quando percebem que haverá uma morte. Largam seus afazeres para descobrir o próximo capítulo daquela novela real que pode ter um final feliz e sem graça, ou um final triste e com muita emoção.


Uma das personagens do filme é uma jornalista que em uma de suas poucas falas diz mais ou menos assim a respeito do personagem principal que deseja cometer suicídio: "Será que ele é vítima de alguma ex ou da bolsa de valores?" (Mais ou menos isso, não lembro bem). Um homem está prestes a pular de um prédio e ela ainda tem tempo pra fazer piadas. Sem falar na preocupação com a sua imagem em rede nacional, no tocante à sua maquiagem.


Outra cena bastante engraçada é quando o helicóptero da emissora de TV chega perto do suicida, quase derrubando o mesmo. A polícia, todas as autoridades não podiam chegar perto, pois estava acontecendo uma negociação para a desistência do suicídio. Mesmo assim, a imprensa quase derruba o suicida pra fazer um furo de reportagem.


Isso mostra que o nível de intromissão nos problemas mundiais não tem limite partindo da imprensa. Ela muitas vezes pode atrapalhar o andamento do fluxo normal das coisas. Criada para informar, bem como entreter, hoje, o entretenimento que a imprensa traz é com as desgraças. Quanto mais desgraças, mais as pessoas vibram e dão audiência.


Quem desejar descobrir tudo sobre o filme, não se arrependerá. Pode assistir. Não é a melhor coisa do mundo, mas você não sairá do cinema com sentimento de quem teve seu dinheiro e tempo perdido.


Bom filme!

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

SUCESSO NO PROJETO GOLFINHO, JABS E TOPADÃO FAZEM UM SOM NO ENCERRAMENTO

Após ter sua música como hit do Projeto Golfinho 2012 do Corpo de Bombeiros, Jabs & Topadão fizeram um som bacana no dia 03, encerramento do Projeto na ASSMAL, no Trapiche. A criançada pôde conferir, ao vivo, Jabs cantar a música "Na Academia / Mexe Pra mim", sucesso total.

Confiram as fotos do evento:




Pra quem ainda não conhece a música, vejam o vídeo das crianças dançando o hit:

sábado, 22 de outubro de 2011

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

BOMBEIRO 24 HORAS POR DIA, TODOS OS DIAS


Por Jabs Barros (José Augusto)

Se as palavras emprego e profissão lembram trabalho com intuito de remuneração, isso nem sempre se aplica a algumas atividades. Os bombeiros, por exemplo, desempenham a sua atividade de salvar vidas 24 horas, todos os dias. Mesmo em sua folga, em passagem por algum local, acontecendo algum problema com a população, esse bombeiro que presencie tem a obrigação de ajudar, mas que não faz por isso, e sim, por missão, por compromisso com a vida e necessidade própria de ajudar o próximo.

O bombeiro atua em diversas áreas, não se limitando apenas a algumas, sua esfera de atendimento é bem ampla. É possível citar algumas como o atendimento pré-hospitalar, o salvamento no mar, o combate a incêndio, o resgate em enchentes, até outras menos difundidas, como: captura de animais que ofereçam riscos, prevenção contra incêndio e pânico, corte de árvores quando existe risco iminente de queda e muitas outras. Porém, apenas um texto jornalístico não seria possível para citar todas as áreas de sua competência.

Geralmente, a operacionalidade do bombeiro dura em torno de 24 horas dentro do quartel, atendendo aos chamados da população. No final de sua jornada de trabalho, é feita a passagem de serviço e outros militares assumem o plantão. Mas no caminho para casa, durante o seu dia com a família, ou até mesmo durante sua noite de sono, ele não deixa de ser bombeiro, pois vizinhos, amigos ou familiares, sabendo no que trabalha e precisando de um auxílio, sempre entrarão em contato.

Não existe uma bola de cristal que visualize o momento de um acidente para que se possa evitar, como na ficção, todos sabem que ele acontece de forma inesperada. É exatamente nesse momento que o bombeiro entra em ação. Algo do tipo aconteceu com os soldados Jhonathan e Lívia Moura, bombeiros em Alagoas desde 2006. Eles se depararam com um acidente de bicicleta onde a vítima caiu sobre o asfalto. Os dois, que estavam se deslocando para o trabalho, prontamente pararam para ajudar.

Nessa mesma época, Lívia Moura estava gestante e mesmo assim não hesitou em ajudar. Os dois prestaram o devido socorro, acionaram a viatura que foi ao local para concluir o atendimento com os equipamentos necessários. “Você sente o dever em ajudar”, disse Lívia. A mesma já teve que ajudar uma vizinha, uma senhora que estava passando mal e, por saberem que ela fazia parte do Corpo de Bombeiros, resolveram pedir ajudar. Fato muito comum a essa profissão.

Essas situações são tão rotineiras que os bombeiros já andam com um kit dentro de sua mochila ou dentro do carro. “Ando preparado com um kit no porta-luvas. Tenho a consciência, sou bombeiro. Você incorpora isso”, enfatizou o soldado Alexandre. Isso se dá a partir do momento em que os militares ingressam na corporação. Ele ainda acrescenta: “Antes, eu presenciava um acidente, olhava e passava direto para resolver meus afazeres. Eu era apenas um curioso. Hoje, desde a época do curso de formação, já vejo de forma diferente, com um olhar clínico. Procuro ajudar em vários lugares”.

Alguns novos militares eram concursados, outros também tinham bons empregos privados, mas abriram mão de tudo para se dedicarem ao ato mais humano, que é ajudar o próximo em qualquer situação, mesmo que suas vidas também estejam em risco. “Poder ajudar encanta. Antes, eu não sabia o que fazer se me deparasse com alguém passando mal. Hoje, sabemos como agir e procuramos fazer o melhor. Sempre ando preparado com luvas e outros materiais de proteção. Pronto pra ajudar”, destacou o soldado Santos Júnior.

A soldada Juliana Barros é dentista há nove anos, possui seu consultório, é também comerciante, mas abandonou essas atividades para se dedicar a salvar vidas. “Apesar de em 2006 abrir vaga para dentista, não fiz o concurso para isso, porque o meu sonho mesmo era trabalhar como bombeira operacional, ajudando nas ruas e não em um consultório, mesmo ganhando menos. Muitos da minha família não queriam apoiar essa decisão, mas estou correndo atrás do meu sonho”, disse Juliana.

Para alguns, os bombeiros são anjos que estão sempre prontos para proteger com suas asas, seres superiores aos homens que dispõem de poderes para ajudar quem mais precisa. Uns acham que são super-heróis que aparecem nos momentos mais difíceis e resolvem a situação da melhor forma possível, lançando uma teia ou raio, ou curando com o poder da mente. Há quem ache que são guerreiros, que utilizam toda a sua força e armamentos na intenção de destruir o inimigo que pode ser uma enxurrada ou desabamento.

Porém, eles são homens. Homens que passam por diversos treinamentos e aprendem técnicas eficazes que ajudam a salvar vidas. Esses homens de carne e osso, e sem forças sobrenaturais, precisam ter bom condicionamento físico, já que sua saúde precisa estar em boas condições para que ele possa se doar à missão. Precisam ser disciplinados para que o trabalho em equipe seja feito de forma honrosa e atenda às expectativas da sociedade.

Uns acham que nasceram pra viver isso, outros aprenderam a viver pra isso, possibilitando o renascimento de muitos que estavam à beira do abismo, mas que através de uma ação pensada, da capacidade de lidar em situações adversas e, muitas vezes, sob pressão e em meio a riscos, não esmorecem e solucionam o salvamento.

Se existe algum super poder nesses homens, esse é o da decisão. O de decidir ser bombeiro, nascendo pra ser ou aprendendo a ser, e de querer ajudar o próximo, mesmo que pondo em risco a sua própria vida. E enquanto o sol gira e estabelece as noites e os dias, o bombeiro continua sendo bombeiro. Em casa, nas ruas, no momento de lazer, em qualquer lugar e em qualquer hora, esse profissional estará apto a exercer todo o seu aprendizado com orgulho e satisfação em ser responsável pela mais nobre missão que é a de salvar vidas.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

AÇÕES DO CORPO DE BOMBEIROS AJUDAM A EVITAR ACIDENTES


Por Jabs Barros (José Augusto)

Muito se fala dos acidentes e incêndios em edificações, instalações e locais de risco. Porém, o que pouco se veicula são as ações que impedem que esse número aumente. A referência se faz aos serviços de vistoria que são realizados pela Diretoria de Serviços Técnicos (DST) do Corpo de Bombeiros de Alagoas. Através desse setor, muitos acidentes são evitados, já que as construções passam por análises detalhadas de suas reais necessidades para manter a segurança do local. Para isso, é necessário que o Corpo de Bombeiros seja consultado antes que se faça um projeto de edificação.

Para quem não conhece o trabalho dos bombeiros, vai muito além do salvamento em momentos de risco. A missão maior está em evitar que acidentes aconteçam, por isso, a prevenção está sendo o melhor caminho para salvar vidas. Várias são as ações que esses técnicos desempenham nas vistorias, como: verificar as condições de armazenamento dos fogos de artifícios que são usados em vários eventos; os locais apropriados de localização das saídas de emergências; se existem materiais inflamáveis no local, porque muitos estabelecimentos manuseiam alguns e nem sabem os riscos que sofrem; os sistemas de ventilação de ar, muito importantes em caso de incêndios, além de outros.

Algumas ações que parecem não surtir um grande efeito, mas que já ajudou a salvar muitas vidas, são as sinalizações bem feitas de localização dos extintores ou das saídas de emergências. Os pisos antiderrapantes e os corrimões também já evitaram muitos acidentes. Os profissionais responsáveis por fazer essa verificação, e cobrar, são os bombeiros. São eles que darão o aval para que o prédio ou demais estabelecimentos funcionem de forma correta e segura para seus utilizadores.

Suas principais atividades são: fazer análises de projetos contra incêndio e pânico, elaborar parecer técnico, averiguar todos e quaisquer locais que ofereçam riscos à população, fiscalizar a venda irregular de gás GLP e combustível, além de outras. As empresas que buscam a DST para estarem de acordo com as normas de segurança, minimizam consideravelmente os riscos de acidentes. Aquelas que não buscam esclarecimentos e andar nos trilhos acabam sofrendo sanções, como foi o caso do Mercado da Produção e do Pavilhão do Artesanato.

Cada tipo de estabelecimento se enquadra em uma exigência diferente, dependendo de alguns fatores. A partir de 750m², é exigido rede de hidrantes e extintores. No caso de hotel, já se pede que em suas acomodações existam “sprinklers”, um tipo de chuveiro automático para extinção do fogo, e sistema de detecção de incêndio, trazendo mais garantia no combate ao foco. Essa é uma forma eficaz e ágil que visa uma melhor cobertura de segurança aos hóspedes.

As vistorias são feitas anualmente e apenas os estabelecimentos que estiverem funcionando dentro da regularidade é que receberão o certificado de segurança. Essa é uma forma legal de saber se a loja que o consumidor frequenta, ou outro tipo de ambiente comercial, oferece segurança à população. Verificar se há o certificado atualizado do Corpo de Bombeiros, também é um direito do cliente, que se sentirá mais seguro nesse ambiente.

Os estabelecimentos que possuem área inferior a 250m², não têm mais a exigência do Projeto Contra Incêndio e Pânico, em que, para este tipo de estabelecimento, agora é feito um Auto de Conformidade. Os benefícios que essa mudança trouxe aos pequenos empresários são inúmeros, afastando toda a burocracia que existia e que agora foi resolvida com esse novo método. “Antes, os pequenos empresários levavam até um mês para regularizar a sua situação. Agora, se ele pegar as informações no próprio site do Corpo de Bombeiros, depois vem aqui e em um dia ele resolve tudo isso, agindo de acordo com as normas de segurança”, destacou o Major Reinaldo.

Os gastos eram grandes, muitos dispendiosos para quem tinha uma empresa de pequeno porte, o que evitava que os donos procurassem a DST para normalizar a sua situação. Hoje, há um maior número de estabelecimentos seguros. A idéia partiu do Major Reinaldo e foi aprimorada pela sua equipe, que teve a incumbência de pôr o projeto em funcionamento. É comprovado que com todo esse aparato técnico durante a inspeção, a segurança nos ambientes aumenta e os riscos de acidentes simples, que sem a devida preocupação poderiam ser alarmantes, diminui.

As residências simples também podem oferecer bastantes riscos às pessoas, desde a sua construção em local impróprio como barreiras, até pequenos descuidos dentro dela. O que as pessoas não sabem é que o Corpo de Bombeiros disponibiliza sempre Seminários e Mini-Cursos que orientam a ter certos cuidados domésticos. As comunidades ou grupos que tenham interesse em saber mais sobre dicas de segurança ou ações que devem ser tomadas em momentos de risco, de forma a também fazer um trabalho preventivo, podem solicitar ao próprio Corpo de Bombeiros uma palestra, como já é feito por algumas escolas e empresas.

O importante para a Corporação é que toda a sociedade esteja protegida e saiba como evitar acidentes. O foco da Secretaria de Segurança Pública Nacional é esse, portanto, os bombeiros utilizam o seu conhecimento para mostrar às pessoas que a prevenção é a solução antecipada dos problemas. Com ela, os riscos são mínimos e a probabilidade de acidentes é reduzida, criando uma sociedade mais consciente e segura.